Alpargatas nega acerto com o Atlético-MG

GUILHERME COSTA
Da Máquina do Esporte, em São Paulo

O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, fez um pronunciamento oficial na última sexta-feira para anunciar os patrocinadores do clube para a próxima temporada. Disse que o banco BMG será cotista máster dos uniformes alvinegros, que a rede de lojas Ricardo Eletro aparecerá nas mangas e que a Alpargatas será responsável pela fabricação do material esportivo. A confecção, entretanto, desmentiu essa versão.

"Ainda não temos nada fechado. Existe um namoro, sim, mas sabe como é namoro. Estamos conversando, mas ainda falta um pouco para pegarmos na mão", disse Fernando Beer, diretor de artigos esportivos da Alpargatas.

Na sexta-feira, Kalil afirmou que havia acertado com a confecção por três anos e que faltava apenas a empresa definir qual marca usaria no Atlético-MG (a Alpargatas controla Mizuno, Rainha e Topper). Contudo, a situação não é tão definitiva assim. O problema é que o clube mineiro tem contrato com a Filon, detentora da Lotto, até o fim de 2011. Para romper agora, precisa desembolsar cerca de R$ 3,5 milhões de multa.

A negociação entre Atlético-MG e Alpargatas deve ter um desfecho ainda nesta semana, quando Kalil viajará a São Paulo para uma reunião com representantes da empresa. A tendência é que o clube alvinegro realmente feche com o grupo, mas isso será decidido apenas no encontro.

Antes de revelar o nome da Alpargatas, Kalil chegou a dizer que o Atlético-MG triplicaria em 2010 o valor ganho com material esportivo. Assim como no caso do acerto, a empresa é mais comedida e não fala sobre valores da negociação.

A Topper possui apenas dois clubes brasileiros em seu portfólio atual de patrocinados: Ipatinga e Paulista. Além disso, a marca tem contratos com as federações de futebol de São Paulo e Brasília.