Bruno, do Flamengo, não dispensa um uniforme todo amarelo que faz doer os olhos. Felipe, do Corinthians, vai em linha parecida. Mais discreto, o palmeirense Marcos normalmente veste o azul, tradicional na história dos grandes arqueiros que já aturaram sob as traves do Palestra Itália. Apesar de normalmente serem determinadas pelos padrões dos clubes ou pela vaidade dos jogadores, o fato é que as cores das camisas dos goleiros podem ter influência no que ocorre dentro de campo.
» Veja fotos dos goleiros
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, publicado em fevereiro na revista Science , comprovou que as cores afetam o desempenho em qualquer tipo de atividade. O azul, por exemplo, desperta criatividade, enquanto o vermelho estimula eficácia acima do normal, dizem os estudos. Mas como aplicar isso tudo ao futebol, especificamente no trabalho do camisa 1?
"Se o goleiro veste uma camisa de cor escura, é mais fácil de o atacante não perceber a presença dele, e aí fazer a defesa. Uma cor muito forte, como um amarelo, vai fazer o jogador fixar o olhar e fica mais fácil de desviar o chute", avalia a professa Márcia Okida, da Universidade Santa Cecília, que desenvolve cursos e pesquisas sobre a psicologia, sinestesia e fisiologia das cores.
Os atacantes que costumam bater em gol de cabeça baixa, então, seriam facilitados por goleiros que vestissem uniformes chamativos. "Essas cores fortes podem ser percebidas pela visão periférica. Mesmo sem olhar fixo, o atacante sente o que está em sua volta", explica Okida.
A idéia é reforçada por Élber, ex-centroavante do Bayern de Munique de 1997 a 2003, e que tantas vezes esteve de frente para os goleiros adversários. "Sem dúvida, facilita um pouco a vida do atacante. Se o goleiro está de camisa laranja, por exemplo, você não precisa levantar a cabeça para chutar", observa.
Ainda que não exista uma pesquisa comprovando com quais cores os goleiros sofrem mais ou menos gols, vale lembrar da história de Lev Yashin, que graças ao seu desempenho com a seleção soviética e o Dínamo de Moscou, foi eleito pela Fifa como o maior goleiro do século 20. O apelido de Aranha Negra, mundialmente famoso, não é por acaso: Yashin só atuava com o uniforme todo preto, sua marca registrada, e intimidava os atacantes adversários.
"Ele marcou com essa cor e era muito alto. Então, ver aquela figura jogar toda de preto produzia um impacto muito bonito. Sem dúvidas, ele era um grande goleiro. E joguei contra ele muitas vezes", testemunha Valdir Joaquim de Moraes, 78 anos, hoje consultor técnico do Palmeiras e ex-goleiro do clube e também da Seleção Brasileira.
O tabu das cores escuras, praticamente um protocolo do futebol até os anos 60, foi quebrado por Raul Plasmann em sua passagem pelo Cruzeiro. Lá, Raul - que também fez história no Flamengo - passou a vestir amarelo e nunca mais foi esquecido por isso. O motivo para isso, porém, é dos mais curiosos.
"Esse moletom foi emprestado de um jogador do Cruzeiro, não tinha outra camisa que me servisse. Foi uma necessidade. Naquela época, você jogava três anos com a mesma camisa. Mas fez sucesso e o presidente mandou fazer 10 camisas amarelas depois disso", lembra.
Os motivos para as várias diferentes cores de uniforme dos goleiros de hoje, porém, são diversas. Além de oferecerem um novo produto para os clubes venderem, elas também fazem com que a figura do goleiro, muitas vezes isolada da partida, receba um pouco de atenção. "É a chance que eles têm de aparecer", lembra Élber.
Raul Plasmann diz que as cores fortes transmitem uma energia maior, marcam a presença do goleiro debaixo das traves. O cinza, porém, é que não o convence. "Essa sim é uma cor inexpressiva. Não provoca nada, parece que não tem ninguém no gol. As cores fortes representam que tem gente lá dentro. É uma cor apagada, diminui o goleiro', opina Raul.
As reações que as cores provocam já foram estudadas no esporte em um outro momento. À ocasião, ficou indicado que os clubes que vestem vermelho, por exemplo, estão sempre na galeria dos grandes campeões, como o Milan, o Liverpool, o Manchester United e o Flamengo, por exemplo. A partir disso, Jürgen Klinsmann, então treinador da seleção alemã, instituiu a cor como o segundo uniforme de sua equipe para a Copa do Mundo de 2006.
Uma estatística de antropólogos na Universidade de Durham, que teve os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, como objeto de análise, também comprovou a eficácia do vermelho. Em combates de boxe, taekwondo, luta livre e luta greco-romana, chegou-se à conclusão de que os vencedores, em 60% dos duelos, estavam com coletes e capacetes vermelhos - em só 40%, estavam de azul.
Entre os camisas 1 do futebol nacional, o vermelho é uma das cores menos comuns. Fábio Costa, do Santos, talvez seja o principal e um dos poucos exemplos. O que não quer dizer que não tenhamos goleiros eficazes, como comprova a boa fase da posição no cenário brasileiro. "No fim das contas, o mais importante é quem veste a camisa", brinca Raul Plasmann.
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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, publicado em fevereiro na revista Science , comprovou que as cores afetam o desempenho em qualquer tipo de atividade. O azul, por exemplo, desperta criatividade, enquanto o vermelho estimula eficácia acima do normal, dizem os estudos. Mas como aplicar isso tudo ao futebol, especificamente no trabalho do camisa 1?
"Se o goleiro veste uma camisa de cor escura, é mais fácil de o atacante não perceber a presença dele, e aí fazer a defesa. Uma cor muito forte, como um amarelo, vai fazer o jogador fixar o olhar e fica mais fácil de desviar o chute", avalia a professa Márcia Okida, da Universidade Santa Cecília, que desenvolve cursos e pesquisas sobre a psicologia, sinestesia e fisiologia das cores.
Os atacantes que costumam bater em gol de cabeça baixa, então, seriam facilitados por goleiros que vestissem uniformes chamativos. "Essas cores fortes podem ser percebidas pela visão periférica. Mesmo sem olhar fixo, o atacante sente o que está em sua volta", explica Okida.
A idéia é reforçada por Élber, ex-centroavante do Bayern de Munique de 1997 a 2003, e que tantas vezes esteve de frente para os goleiros adversários. "Sem dúvida, facilita um pouco a vida do atacante. Se o goleiro está de camisa laranja, por exemplo, você não precisa levantar a cabeça para chutar", observa.
Ainda que não exista uma pesquisa comprovando com quais cores os goleiros sofrem mais ou menos gols, vale lembrar da história de Lev Yashin, que graças ao seu desempenho com a seleção soviética e o Dínamo de Moscou, foi eleito pela Fifa como o maior goleiro do século 20. O apelido de Aranha Negra, mundialmente famoso, não é por acaso: Yashin só atuava com o uniforme todo preto, sua marca registrada, e intimidava os atacantes adversários.
"Ele marcou com essa cor e era muito alto. Então, ver aquela figura jogar toda de preto produzia um impacto muito bonito. Sem dúvidas, ele era um grande goleiro. E joguei contra ele muitas vezes", testemunha Valdir Joaquim de Moraes, 78 anos, hoje consultor técnico do Palmeiras e ex-goleiro do clube e também da Seleção Brasileira.
O tabu das cores escuras, praticamente um protocolo do futebol até os anos 60, foi quebrado por Raul Plasmann em sua passagem pelo Cruzeiro. Lá, Raul - que também fez história no Flamengo - passou a vestir amarelo e nunca mais foi esquecido por isso. O motivo para isso, porém, é dos mais curiosos.
"Esse moletom foi emprestado de um jogador do Cruzeiro, não tinha outra camisa que me servisse. Foi uma necessidade. Naquela época, você jogava três anos com a mesma camisa. Mas fez sucesso e o presidente mandou fazer 10 camisas amarelas depois disso", lembra.
Os motivos para as várias diferentes cores de uniforme dos goleiros de hoje, porém, são diversas. Além de oferecerem um novo produto para os clubes venderem, elas também fazem com que a figura do goleiro, muitas vezes isolada da partida, receba um pouco de atenção. "É a chance que eles têm de aparecer", lembra Élber.
Raul Plasmann diz que as cores fortes transmitem uma energia maior, marcam a presença do goleiro debaixo das traves. O cinza, porém, é que não o convence. "Essa sim é uma cor inexpressiva. Não provoca nada, parece que não tem ninguém no gol. As cores fortes representam que tem gente lá dentro. É uma cor apagada, diminui o goleiro', opina Raul.
As reações que as cores provocam já foram estudadas no esporte em um outro momento. À ocasião, ficou indicado que os clubes que vestem vermelho, por exemplo, estão sempre na galeria dos grandes campeões, como o Milan, o Liverpool, o Manchester United e o Flamengo, por exemplo. A partir disso, Jürgen Klinsmann, então treinador da seleção alemã, instituiu a cor como o segundo uniforme de sua equipe para a Copa do Mundo de 2006.
Uma estatística de antropólogos na Universidade de Durham, que teve os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, como objeto de análise, também comprovou a eficácia do vermelho. Em combates de boxe, taekwondo, luta livre e luta greco-romana, chegou-se à conclusão de que os vencedores, em 60% dos duelos, estavam com coletes e capacetes vermelhos - em só 40%, estavam de azul.
Entre os camisas 1 do futebol nacional, o vermelho é uma das cores menos comuns. Fábio Costa, do Santos, talvez seja o principal e um dos poucos exemplos. O que não quer dizer que não tenhamos goleiros eficazes, como comprova a boa fase da posição no cenário brasileiro. "No fim das contas, o mais importante é quem veste a camisa", brinca Raul Plasmann.
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