Conheça Aline da Silva, criadora da camisa rock do Brasiliense

Aline da Silva, 22 anos, é roqueira desde que aprendeu a cantar e Brasiliense Futebol Clube há pouco menos de um ano – o que não impede Aline de viver o Brasiliense intensamente, já que é funcionária do setor de comunicação do clube e trabalha no site oficial do Jacaré. Em fevereiro, Aline apresentou à diretoria um projeto de um terceiro uniforme que homenageasse Brasília, no esteio do aniversário de 50 anos da capital federal que se aproximava. Só que Aline foi beber da fonte do mais puro rock’n roll quando idealizou a composição, que, cinco meses depois, ficaria conhecida em todo o país como a camisa do rock do Brasiliense. O site oficial do Brasiliense apresenta, nesta entrevista, a roqueira e torcedora do Jacaré que transpôs a pegada rock’n roll para dentro das quatro linhas:

Brasiliensefc.com.br: Como começa sua história com o Brasiliense?
ALINE DA SILVA: Minha identificação com o Brasiliense começou no ano passado, quando comecei a trabalhar no site oficial e me tornei responsável pelas redes sociais relacionadas ao time. Lido diretamente com a interação com o torcedor e comecei a perceber como temos uma torcida apaixonada, que cobra, incentiva e está do lado do time. Até então, nunca tinha me interessado realmente por outro clube, por isso costumo dizer que o Brasiliense é o meu primeiro e único time do coração.

Brasiliensefc.com.br: Deu para perceber que você é uma grande fã do rock’n roll. Como é a sua relação com este gênero musical? O que você ouve?
ALINE: Admiro bandas de vertentes variadas dentro do rock, mas as principais são The Doors, Black Sabbath, Metallica, Ramones, AC/DC, Sex Pistols, The Distillers e Misfits, além das nacionais Raimundos, Mamonas Assassinas, Ultraje a Rigor, Matanza. Eu me lembro que desde pequena, costumava ouvir músicas do estilo. Principalmente The Cranberries e 4 Non Blondes. Inclusive a primeira música que aprendi a cantar foi What’s Up, um dos hits dos anos 90. Hoje minha história com o rock e os vocais é um pouco mais séria, e eu faço cover na minha própria banda.

Brasiliensefc.com.br: Conte-nos um pouco a história da sua banda.
ALINE: A idéia partiu do meu amigo Marlon, que tem uma banda de punk rock chamada Atritus. Ele queria montar uma banda com vocal feminino e sabia que eu era fã de The Distillers, então resolvemos unir o útil ao agradável. Nós ainda não temos composições próprias, por isso fazemos apenas covers, mas já tenho umas idéias em mente e, em breve, pretendemos montar nosso próprio repertório.

Brasiliensefc.com.br: De onde surgiu a ideia das caveiras, especialmente as da banda Misfits?
ALINE: A escolha das imagens da banda Misfits partiu de mim, ainda no primeiro esboço, e foi um consenso entre todos que participaram da criação da camisa. Também cogitamos outras hipóteses, mas achamos que, no conceito visual, seria interessante algo que facilitasse a identificação com o rock e causasse um impacto imediato, e as imagens da banda têm essa característica. Todo mundo associa facilmente os símbolos do punk ao rock - tanto que não precisamos explicar muito da nossa intenção quando os jogadores entraram em campo com a camisa.

Brasiliensefc.com.br: O produto final se assemelhou ao que você pensou?
ALINE: De certa forma sim. Quando rascunhei o primeiro desenho, não pensei na cruz e as cores eram um pouco mais escuras. Nós fizemos vários testes até atingirmos o resultado desejado.

Brasiliensefc.com.br: Como você se sentiu quando viu os jogadores entrando em campo contra o América com a camisa que você projetou?
ALINE: Sempre acreditei que pudesse dar certo, mas fiquei emocionada ao ver o time entrando em campo. E fico mais feliz ainda quando ouço que a camisa que eu sugeri está dando sorte ao time. Espero que continue assim.

Brasiliensefc.com.br: Por que fazer uma terceira camisa tão diferente do comum?
ALINE: Na maioria dos clubes de futebol, a terceira camisa é sempre mais ousada, fugindo um pouco dos padrões estabelecidos. Como a minha intenção era homenagear Brasília, pensei em deixar de lado o convencional e apostar em algo que ninguém tivesse pensado até então. Como Brasília é considerada a Capital do Rock, não foi difícil conseguir inspiração.

Brasiliensefc.com.br: Pelo fato dela ser bem ousada, você esperava uma boa aceitação dos torcedores?
ALINE: Eu estava preparada para as críticas, pois tudo que foge do habitual sempre gera opiniões divergentes. Mas confesso que me surpreendi com a quantidade de elogios e comentários positivos. As reações têm variado bastante. Alguns torcedores mais tradicionais disseram que preferiam a camisa amarela, outros aprovaram e acharam a idéia inovadora, e até torcedores de outros times estão à procura da tão comentada “camisa do rock”. Acho que, de uma forma, só gerar repercussão já foi muito positivo.

Brasiliensefc.com.br: E você está satisfeita com toda esta repercussão?
ALINE: Estou muito feliz porque superou todas as minhas expectativas. O sucesso da camisa tem sido muito positivo para o clube e eu me sinto orgulhosa por ter participação nisso. É muito divertido porque até amigos que não via há muito tempo vieram me falar que me viram na televisão e perguntar sobre a camisa. Não pensei que a camisa fosse ser tão falada em tão pouco tempo.

Brasiliensefc.com.br: O Brasiliense teve algum ganho por conta desta decisão ousada?
ALINE: Com certeza. Em geral, os clubes do DF não têm muito espaço na mídia nacional e o lançamento da camisa deu uma visibilidade muito grande ao Brasiliense. Fora a grande procura pela camisa, que nos fez montar um esquema especial de vendas online para atender a demanda. Acho que esse é só o começo. Ainda temos potencial para conseguir muito mais.

Brasiliensefc.com.br: Na sua opinião, futebol e rock'n roll são duas coisas que dialogam?
ALINE: Creio que sim. Tanto o futebol quanto o rock transmitem muita energia e emoção. Sempre acreditei que essa união pudesse dar certo. E eu vejo que está funcionando.

curti a entrvista ! esssa camisa do Brasiliense fez sucesso e historia !

Fez história mesmo !

bela camisa, bela criadora