GUILHERME COSTA
Da Máquina do Esporte, em São Paulo
O Santos fechou, no segundo semestre do ano passado, o maior contrato de patrocínio da história do futebol feminino no Brasil. Com a iminência de disputar a Copa do Brasil e a primeira edição da Libertadores para mulheres, o time alvinegro recebeu R$ 500 mil para ceder a cota máster de seu uniforme para a Copagaz.
Além de ter sido assinado em um período de calendário cheio, o acordo ofereceu grande retorno de mídia para a empresa porque o Santos montou um elenco badalado em 2009, com presenças de jogadoras como Cristiane e Marta, eleita pela Fifa a melhor jogadora do planeta nas quatro últimas temporadas.
Na semana passada, o Santos anunciou novo acordo com a Copagaz. Mesmo sem a Copa do Brasil, a Copa Libertadores, Cristiane ou Marta, a empresa manteve o valor pago ao clube em 2009 e renovou a cota máster até o fim da atual temporada.
O patrocínio, que será apresentado oficialmente na próxima terça-feira, reforça a aposta da Copagaz no futebol feminino. Mas também revela uma confiança da empresa no Santos, que assegurou que terá os retornos de Cristiane e Marta para disputar no primeiro semestre de 2009 o primeiro Mundial feminino de clubes - as duas atuam na liga norte-americana e estiveram emprestadas à equipe brasileira no ano passado.
"É só uma questão de esperar o término do campeonato lá dos Estados Unidos. As duas estão loucas para voltar. A Marta já reclamou que ninguém lá liga para ela, que aqui ela não pode sair para ir ao mercado. Lá o assédio é só em dias de jogos, e esse sucesso daqui seduz. As duas têm vontade de retornar aos braços do povo. Oficiosamente, as duas estão garantidas para a disputa do Mundial", contou Amaro Helfstein, diretor comercial e operacional da Copagaz.
Quinta maior distribuidora de gás de cozinha no Brasil, a Copagaz é uma empresa do grupo Zahran. Atualmente, trabalha com 19 Estados e o Distrito Federal.
Leia a seguir a íntegra da entrevista:
Máquina do Esporte: Por que a Copagaz decidiu patrocinar o futebol feminino?
Amaro Helfstein: A Copagaz é uma distribuidora de gás de cozinha. Nosso público alvo é a dona de casa. Antigamente, muita gente investia em outras mídias para divulgar as marcas, mas surgiu uma oportunidade, ainda na gestão do presidente Marcelo Teixeira, de patrocinarmos o time feminino do Santos. A Copagaz tem tradição em tudo que é feminino. Nós temos a primeira gerente mulher de terminal de gás no Brasil, que trabalha em Paulínia, e temos duas ou três motoristas mulheres em caminhões tanques. Temos um projeto voltado ao pioneirismo e à valorização da mulher, e o futebol feminino se encaixa com isso.
ME: No ano passado, vocês fecharam com o Santos o maior patrocínio da história do futebol feminino no Brasil. Só que aquela equipe tinha jogadoras como Cristiane e Marta e disputaria nos meses seguintes a Copa do Brasil e a primeira edição da Copa Libertadores feminina. Vocês renovaram agora, em um período sem esses grandes torneios e sem um elenco badalado. Ainda assim é uma iniciativa que vale a pena?
AH: No ano passado, a cenoura que o pessoal deu para nós foi a primeira edição da Copa Libertadores feminina. Fechamos contrato em julho e agosto, quando o time ainda não tinha Marta ou Cristiane. Na época, fechamos o maior contrato do futebol feminino no Brasil pela expectativa de disputar a Copa do Brasil e a Libertadores. Neste ano, temos o Campeonato Paulista, a Copa do Brasil e a Libertadores, que terá o Santos como representante do país e atual campeão. Ainda temos a expectativa do Mundial, que o Santos também vai disputar porque venceu a Libertadores e está credenciado. E no Mundial, a chance de o Santos ser campeão é muito grande. Outros países têm vários times fortes, e isso divide as grandes jogadoras. Aqui no Brasil existe uma concentração no Santos, que é praticamente a seleção brasileira. O elenco tem mais de 15 atletas que já participaram ou participam da equipe nacional.
ME: Nesse contexto, o fato de o elenco não contar mais com Cristiane e Marta é menos relevante?
AH: Existe um compromisso, ainda não oficial mas já oficioso, de que a Marta e a Cristiane serão efetivadas novamente como jogadoras do Santos. É só uma questão de esperar o término do campeonato lá dos Estados Unidos. As duas estão loucas para voltar. A Marta já reclamou que ninguém lá liga para ela, que aqui ela não pode sair para ir ao mercado. Lá o assédio é só em dias de jogos, e esse sucesso daqui seduz. As duas têm vontade de retornar aos braços do povo. Oficiosamente, as duas estão garantidas para a disputa do Mundial. Existe uma promessa de contar com as duas, que querem essa visibilidade. A Marta quer continuar sendo a melhor do mundo, e nada melhor do que ser campeã mundial.
ME: Em comparação com o ano passado, qual é o volume do investimento da Copagaz no time feminino do Santos? Vocês aumentaram, diminuíram ou mantiveram o contrato no mesmo patamar?
AH: O valor é o mesmo, independentemente das presenças da Marta e da Cristiane. Acreditamos na força da diretoria do Santos, que nos garantiu que irá trazê-las, mas também apostamos muito na força do time. O contrato engloba um valor fixo, o fornecimento de gás para o CT Rei Pelé e a Vila Belmiro e o patrocínio para as cheer leaders.
ME: Como será a ativação do patrocínio em 2010? Vocês manterão, mesmo antes de os retornos da Marta e da Cristiane serem confirmados, o padrão adotado no ano passado?
AH: A comunicação do patrocínio vai ser similar à do ano passado, mas só vamos definir isso no decorrer do ano. Ainda não temos nada planejado, até porque o Santos não passou a tabela oficial de eventos. Assim que tivermos isso, vamos programar uma série de eventos, assim como fizemos em 2009. Na estreia da Marta no Brasil, por exemplo, fizemos uma grande festa em Campo Grande-MS, com 12 ou 15 mil pessoas. Todo o evento lá foi bancado pela Copagaz. Em Cuiabá foi a mesma coisa, com participação do prefeito, do governador e um grande evento. Aproveitamos que a marca faz parte da Rede Matogrossense de televisão, que é afiliada da Globo e que tem a mídia do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul nas mãos. Além disso, a empresa tem muito conhecimento entre pessoas da Globo em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nosso vice-presidente tem um acesso muito grande e isso interessa ao Santos, apesar de a Bandeirantes dar todo o apoio para nós. A Globo pode seduzir o Santos a fazer uma divulgação maior.
ME: O senhor citou o planejamento específico para a estreia da Marta: a ideia da Copagaz para o futebol feminino é fazer uma ativação baseada em eventos locais para acompanhar os jogos do Santos?
AH: Sim. Nós pretendemos, nos dias de jogos, fazer uma divulgação até através das próprias cheer leaders. Vamos distribuir brindes, fazer uma mala direta na porta do estádio, mexer com o público. Queremos a divulgação da marca da Copagaz nesses locais. Hoje temos um plano de ativação mais concentrado na Baixada santista, mas queremos levar isso onde o Santos for atuar.
ME: O que a Copagaz busca com o patrocínio ao futebol feminino: reconhecimento de marca, posicionamento ou incremento de vendas?
AH: É uma mistura de todas as coisas. O reconhecimento de marca é um respeito muito grande, e a Copagaz é uma empresa muito respeitada. O futebol feminino ainda proporciona uma divulgação no Brasil inteiro, e isso leva nossa marca. Temos um prestígio nacional, somos vistos pela grande mídia. Isso também proporciona um incremento de vendas, que vem aos poucos.
ME: Vocês já possuem dados concretos sobre o retorno do patrocínio ao Santos no ano passado?
AH: Ainda não. Vimos um número de R$ 7 milhões de retorno sobre mídia espontânea, mas vou assinar na semana que vem um contrato para termos uma pesquisa mais concreta.
ME: Da verba total de marketing esportivo da Copagaz, quanto é investido nesse patrocínio ao futebol feminino do Santos?
AH: Acredito que uns 90% da nossa verba de marketing esportivo esteja nessa ação.
ME: Vocês pretendem incrementar essa ação no futebol feminino de alguma forma? A empresa cogita outros investimentos no segmento?
AH: À medida em que os resultados forem aparecendo, nossos acionistas vão se tornar mais generosos. Pretendemos que o time do Santos apareça, gere boa repercussão de mídia, porque sabemos que isso fará os acionistas liberarem uma verba maior. Mas ainda não sabemos precisar o que vai acontecer no futuro. A única informação que eu posso dar é que continuaremos investindo no esporte e no futebol feminino.
No ano passado, além do Santos, através da própria Marta, nós apoiamos um time de deficientes visuais do Rio de Janeiro. Houve um encontro da Marta com elas para uma foto e uma reportagem da Globo, e o nosso presidente ficou bastante emocionado. O time precisava de verba para viajar para a Alemanha e disputar o primeiro Mundial de futebol feminino para cegas, nós custeamos a viagem e elas foram campeãs. Pretendemos continuar também com o apoio a essa iniciativa.
ME: Cristiane e Marta, apesar de ainda não terem confirmado que voltarão ao Santos, são dois dos principais ícones do futebol feminino no Brasil. Como vocês pensam em explorar a imagem delas? A Copagaz fará um contrato exclusivo com essas atletas para tê-las como divulgadoras da marca?
AH: Inicialmente, enquanto elas estiverem no Santos, vamos utilizar bastante. Mas um contrato de exclusividade para este ano ainda não foi sondado. Os empresários da Cristiane chegaram a conversar conosco, até porque a Marta tem uma série de contratos pessoais e a Cristiane não. Houve alguns encontros, mas depois a negociação esfriou e não voltamos a falar. Nem chegamos a conversar sobre valores ou o que pretendíamos fazer. Foi só um contato preliminar. Temos um interesse de firmar um contrato de exclusividade com elas, mas isso não caminhou.
Da Máquina do Esporte, em São Paulo
O Santos fechou, no segundo semestre do ano passado, o maior contrato de patrocínio da história do futebol feminino no Brasil. Com a iminência de disputar a Copa do Brasil e a primeira edição da Libertadores para mulheres, o time alvinegro recebeu R$ 500 mil para ceder a cota máster de seu uniforme para a Copagaz.
Além de ter sido assinado em um período de calendário cheio, o acordo ofereceu grande retorno de mídia para a empresa porque o Santos montou um elenco badalado em 2009, com presenças de jogadoras como Cristiane e Marta, eleita pela Fifa a melhor jogadora do planeta nas quatro últimas temporadas.
Na semana passada, o Santos anunciou novo acordo com a Copagaz. Mesmo sem a Copa do Brasil, a Copa Libertadores, Cristiane ou Marta, a empresa manteve o valor pago ao clube em 2009 e renovou a cota máster até o fim da atual temporada.
O patrocínio, que será apresentado oficialmente na próxima terça-feira, reforça a aposta da Copagaz no futebol feminino. Mas também revela uma confiança da empresa no Santos, que assegurou que terá os retornos de Cristiane e Marta para disputar no primeiro semestre de 2009 o primeiro Mundial feminino de clubes - as duas atuam na liga norte-americana e estiveram emprestadas à equipe brasileira no ano passado.
"É só uma questão de esperar o término do campeonato lá dos Estados Unidos. As duas estão loucas para voltar. A Marta já reclamou que ninguém lá liga para ela, que aqui ela não pode sair para ir ao mercado. Lá o assédio é só em dias de jogos, e esse sucesso daqui seduz. As duas têm vontade de retornar aos braços do povo. Oficiosamente, as duas estão garantidas para a disputa do Mundial", contou Amaro Helfstein, diretor comercial e operacional da Copagaz.
Quinta maior distribuidora de gás de cozinha no Brasil, a Copagaz é uma empresa do grupo Zahran. Atualmente, trabalha com 19 Estados e o Distrito Federal.
Leia a seguir a íntegra da entrevista:
Máquina do Esporte: Por que a Copagaz decidiu patrocinar o futebol feminino?
Amaro Helfstein: A Copagaz é uma distribuidora de gás de cozinha. Nosso público alvo é a dona de casa. Antigamente, muita gente investia em outras mídias para divulgar as marcas, mas surgiu uma oportunidade, ainda na gestão do presidente Marcelo Teixeira, de patrocinarmos o time feminino do Santos. A Copagaz tem tradição em tudo que é feminino. Nós temos a primeira gerente mulher de terminal de gás no Brasil, que trabalha em Paulínia, e temos duas ou três motoristas mulheres em caminhões tanques. Temos um projeto voltado ao pioneirismo e à valorização da mulher, e o futebol feminino se encaixa com isso.
ME: No ano passado, vocês fecharam com o Santos o maior patrocínio da história do futebol feminino no Brasil. Só que aquela equipe tinha jogadoras como Cristiane e Marta e disputaria nos meses seguintes a Copa do Brasil e a primeira edição da Copa Libertadores feminina. Vocês renovaram agora, em um período sem esses grandes torneios e sem um elenco badalado. Ainda assim é uma iniciativa que vale a pena?
AH: No ano passado, a cenoura que o pessoal deu para nós foi a primeira edição da Copa Libertadores feminina. Fechamos contrato em julho e agosto, quando o time ainda não tinha Marta ou Cristiane. Na época, fechamos o maior contrato do futebol feminino no Brasil pela expectativa de disputar a Copa do Brasil e a Libertadores. Neste ano, temos o Campeonato Paulista, a Copa do Brasil e a Libertadores, que terá o Santos como representante do país e atual campeão. Ainda temos a expectativa do Mundial, que o Santos também vai disputar porque venceu a Libertadores e está credenciado. E no Mundial, a chance de o Santos ser campeão é muito grande. Outros países têm vários times fortes, e isso divide as grandes jogadoras. Aqui no Brasil existe uma concentração no Santos, que é praticamente a seleção brasileira. O elenco tem mais de 15 atletas que já participaram ou participam da equipe nacional.
ME: Nesse contexto, o fato de o elenco não contar mais com Cristiane e Marta é menos relevante?
AH: Existe um compromisso, ainda não oficial mas já oficioso, de que a Marta e a Cristiane serão efetivadas novamente como jogadoras do Santos. É só uma questão de esperar o término do campeonato lá dos Estados Unidos. As duas estão loucas para voltar. A Marta já reclamou que ninguém lá liga para ela, que aqui ela não pode sair para ir ao mercado. Lá o assédio é só em dias de jogos, e esse sucesso daqui seduz. As duas têm vontade de retornar aos braços do povo. Oficiosamente, as duas estão garantidas para a disputa do Mundial. Existe uma promessa de contar com as duas, que querem essa visibilidade. A Marta quer continuar sendo a melhor do mundo, e nada melhor do que ser campeã mundial.
ME: Em comparação com o ano passado, qual é o volume do investimento da Copagaz no time feminino do Santos? Vocês aumentaram, diminuíram ou mantiveram o contrato no mesmo patamar?
AH: O valor é o mesmo, independentemente das presenças da Marta e da Cristiane. Acreditamos na força da diretoria do Santos, que nos garantiu que irá trazê-las, mas também apostamos muito na força do time. O contrato engloba um valor fixo, o fornecimento de gás para o CT Rei Pelé e a Vila Belmiro e o patrocínio para as cheer leaders.
ME: Como será a ativação do patrocínio em 2010? Vocês manterão, mesmo antes de os retornos da Marta e da Cristiane serem confirmados, o padrão adotado no ano passado?
AH: A comunicação do patrocínio vai ser similar à do ano passado, mas só vamos definir isso no decorrer do ano. Ainda não temos nada planejado, até porque o Santos não passou a tabela oficial de eventos. Assim que tivermos isso, vamos programar uma série de eventos, assim como fizemos em 2009. Na estreia da Marta no Brasil, por exemplo, fizemos uma grande festa em Campo Grande-MS, com 12 ou 15 mil pessoas. Todo o evento lá foi bancado pela Copagaz. Em Cuiabá foi a mesma coisa, com participação do prefeito, do governador e um grande evento. Aproveitamos que a marca faz parte da Rede Matogrossense de televisão, que é afiliada da Globo e que tem a mídia do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul nas mãos. Além disso, a empresa tem muito conhecimento entre pessoas da Globo em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nosso vice-presidente tem um acesso muito grande e isso interessa ao Santos, apesar de a Bandeirantes dar todo o apoio para nós. A Globo pode seduzir o Santos a fazer uma divulgação maior.
ME: O senhor citou o planejamento específico para a estreia da Marta: a ideia da Copagaz para o futebol feminino é fazer uma ativação baseada em eventos locais para acompanhar os jogos do Santos?
AH: Sim. Nós pretendemos, nos dias de jogos, fazer uma divulgação até através das próprias cheer leaders. Vamos distribuir brindes, fazer uma mala direta na porta do estádio, mexer com o público. Queremos a divulgação da marca da Copagaz nesses locais. Hoje temos um plano de ativação mais concentrado na Baixada santista, mas queremos levar isso onde o Santos for atuar.
ME: O que a Copagaz busca com o patrocínio ao futebol feminino: reconhecimento de marca, posicionamento ou incremento de vendas?
AH: É uma mistura de todas as coisas. O reconhecimento de marca é um respeito muito grande, e a Copagaz é uma empresa muito respeitada. O futebol feminino ainda proporciona uma divulgação no Brasil inteiro, e isso leva nossa marca. Temos um prestígio nacional, somos vistos pela grande mídia. Isso também proporciona um incremento de vendas, que vem aos poucos.
ME: Vocês já possuem dados concretos sobre o retorno do patrocínio ao Santos no ano passado?
AH: Ainda não. Vimos um número de R$ 7 milhões de retorno sobre mídia espontânea, mas vou assinar na semana que vem um contrato para termos uma pesquisa mais concreta.
ME: Da verba total de marketing esportivo da Copagaz, quanto é investido nesse patrocínio ao futebol feminino do Santos?
AH: Acredito que uns 90% da nossa verba de marketing esportivo esteja nessa ação.
ME: Vocês pretendem incrementar essa ação no futebol feminino de alguma forma? A empresa cogita outros investimentos no segmento?
AH: À medida em que os resultados forem aparecendo, nossos acionistas vão se tornar mais generosos. Pretendemos que o time do Santos apareça, gere boa repercussão de mídia, porque sabemos que isso fará os acionistas liberarem uma verba maior. Mas ainda não sabemos precisar o que vai acontecer no futuro. A única informação que eu posso dar é que continuaremos investindo no esporte e no futebol feminino.
No ano passado, além do Santos, através da própria Marta, nós apoiamos um time de deficientes visuais do Rio de Janeiro. Houve um encontro da Marta com elas para uma foto e uma reportagem da Globo, e o nosso presidente ficou bastante emocionado. O time precisava de verba para viajar para a Alemanha e disputar o primeiro Mundial de futebol feminino para cegas, nós custeamos a viagem e elas foram campeãs. Pretendemos continuar também com o apoio a essa iniciativa.
ME: Cristiane e Marta, apesar de ainda não terem confirmado que voltarão ao Santos, são dois dos principais ícones do futebol feminino no Brasil. Como vocês pensam em explorar a imagem delas? A Copagaz fará um contrato exclusivo com essas atletas para tê-las como divulgadoras da marca?
AH: Inicialmente, enquanto elas estiverem no Santos, vamos utilizar bastante. Mas um contrato de exclusividade para este ano ainda não foi sondado. Os empresários da Cristiane chegaram a conversar conosco, até porque a Marta tem uma série de contratos pessoais e a Cristiane não. Houve alguns encontros, mas depois a negociação esfriou e não voltamos a falar. Nem chegamos a conversar sobre valores ou o que pretendíamos fazer. Foi só um contato preliminar. Temos um interesse de firmar um contrato de exclusividade com elas, mas isso não caminhou.
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