GUILHERME COSTA
Da Máquina do Esporte, em São Paulo
Desde o início deste ano, quando tomou a decisão de não renovar o contrato com a LG, o São Paulo transformou em mantra a ideia de que teve o patrocínio mais longevo de uma empresa privada no futebol brasileiro e que o clube busca outra parceria com esse perfil. Foi esse o discurso adotado pela diretoria na apresentação do acordo com o grupo Hypermarcas, que ficou no uniforme da equipe por apenas cinco jogos. Também foi com esse tom que o time do Morumbi anunciou nesta semana a extensão da parceria com Biosintética e Bombril. E por serem marcas "da casa", as duas companhias devem ficar ao menos até o fim do ano.
Ainda que não diga isso de forma tão enfática, o São Paulo desistiu de ter um patrocínio fixo em sua camisa ainda neste ano. A ideia do clube é seguir trabalhando com acordos pontuais, como aconteceu desde o término da parceria com a LG. Antes de Biosintética, Bombril e Hypermarcas, o clube teve Locaweb nas mangas do uniforme.
O contraste é evidente: enquanto defende o tempo de contrato com a LG e diz buscar uma empresa que possa ficar muito tempo no clube, o São Paulo resolveu concentrar as negociações de patrocínios fixos para a próxima temporada e seguirá apostando em contratos de ocasião durante este ano.
O caminho escolhido pela equipe passa necessariamente por três fatores: a alta meta de arrecadação estabelecida pela diretoria (algo entre R$ 40 e R$ 50 milhões por todo o uniforme a cada temporada), o período em que o São Paulo começou a negociar e o fato de os aportes pontuais terem conseguido sanar a necessidade de faturamento do clube.
"Esse não é o caminho ideal, mas é o que está se apresentando. O contrato com a LG tinha uma cláusula que dava à empresa uma carência de dois meses para exercer preferência, o que nos levou a procurar o mercado quando o budget das empresas para este ano já estava comprometido. Estamos conversando agora, quando as companhias discutem o orçamento, mas com mais ênfase em 2011", admitiu Júlio Casares, vice-presidente de comunicações e marketing do São Paulo.
Segundo o dirigente, os patrocínios pontuais conseguiram preencher um mínimo de receita que o São Paulo esperava amealhar com seu uniforme em 2010. O clube tricolor recebeu R$ 4 milhões para fazer cinco jogos com produtos do grupo Hypermarcas, mas os valores de aportes da Locaweb, da Bombril e da Biosintética são mantidos em sigilo.
No início do ano, o São Paulo apostou no incremento de vendas de camisas "limpas" para completar o orçamento. "O mais engraçado é que o volume não caiu nem com a troca de marcas. O que aconteceu é que o cara que tinha um uniforme com Hypermarcas foi comprar um com Biosintética e Bombril porque o outro estava desatualizado", contou Casares.
A satisfação da diretoria com a arrecadação oriunda de aportes pontuais e as conversas voltadas à próxima temporada reforçam a ideia de que o São Paulo deve manter em 2010 as marcas Biosintética e Bombril em sua camisa. Sobretudo por causa do bom relacionamento que o clube possui com as duas empresas.
Na última segunda-feira, na apresentação da Bombril, o diretor de relações internacionais do time tricolor, Carlos Caboclo, revelou ter uma amizade antiga com Ronaldo Sampaio Ferreira, presidente do conselho de administração da empresa. Foi Caboclo que aproximou o clube da empresa neste ano, assim como havia feito quando a Bombril foi cotista máster da equipe, em 1998.
A relação de proximidade também existe com a Biosintética. O laboratório faz parte do grupo Aché, que é da família de Adalberto Baptista, diretor de marketing do São Paulo.
Da Máquina do Esporte, em São Paulo
Desde o início deste ano, quando tomou a decisão de não renovar o contrato com a LG, o São Paulo transformou em mantra a ideia de que teve o patrocínio mais longevo de uma empresa privada no futebol brasileiro e que o clube busca outra parceria com esse perfil. Foi esse o discurso adotado pela diretoria na apresentação do acordo com o grupo Hypermarcas, que ficou no uniforme da equipe por apenas cinco jogos. Também foi com esse tom que o time do Morumbi anunciou nesta semana a extensão da parceria com Biosintética e Bombril. E por serem marcas "da casa", as duas companhias devem ficar ao menos até o fim do ano.
Ainda que não diga isso de forma tão enfática, o São Paulo desistiu de ter um patrocínio fixo em sua camisa ainda neste ano. A ideia do clube é seguir trabalhando com acordos pontuais, como aconteceu desde o término da parceria com a LG. Antes de Biosintética, Bombril e Hypermarcas, o clube teve Locaweb nas mangas do uniforme.
O contraste é evidente: enquanto defende o tempo de contrato com a LG e diz buscar uma empresa que possa ficar muito tempo no clube, o São Paulo resolveu concentrar as negociações de patrocínios fixos para a próxima temporada e seguirá apostando em contratos de ocasião durante este ano.
O caminho escolhido pela equipe passa necessariamente por três fatores: a alta meta de arrecadação estabelecida pela diretoria (algo entre R$ 40 e R$ 50 milhões por todo o uniforme a cada temporada), o período em que o São Paulo começou a negociar e o fato de os aportes pontuais terem conseguido sanar a necessidade de faturamento do clube.
"Esse não é o caminho ideal, mas é o que está se apresentando. O contrato com a LG tinha uma cláusula que dava à empresa uma carência de dois meses para exercer preferência, o que nos levou a procurar o mercado quando o budget das empresas para este ano já estava comprometido. Estamos conversando agora, quando as companhias discutem o orçamento, mas com mais ênfase em 2011", admitiu Júlio Casares, vice-presidente de comunicações e marketing do São Paulo.
Segundo o dirigente, os patrocínios pontuais conseguiram preencher um mínimo de receita que o São Paulo esperava amealhar com seu uniforme em 2010. O clube tricolor recebeu R$ 4 milhões para fazer cinco jogos com produtos do grupo Hypermarcas, mas os valores de aportes da Locaweb, da Bombril e da Biosintética são mantidos em sigilo.
No início do ano, o São Paulo apostou no incremento de vendas de camisas "limpas" para completar o orçamento. "O mais engraçado é que o volume não caiu nem com a troca de marcas. O que aconteceu é que o cara que tinha um uniforme com Hypermarcas foi comprar um com Biosintética e Bombril porque o outro estava desatualizado", contou Casares.
A satisfação da diretoria com a arrecadação oriunda de aportes pontuais e as conversas voltadas à próxima temporada reforçam a ideia de que o São Paulo deve manter em 2010 as marcas Biosintética e Bombril em sua camisa. Sobretudo por causa do bom relacionamento que o clube possui com as duas empresas.
Na última segunda-feira, na apresentação da Bombril, o diretor de relações internacionais do time tricolor, Carlos Caboclo, revelou ter uma amizade antiga com Ronaldo Sampaio Ferreira, presidente do conselho de administração da empresa. Foi Caboclo que aproximou o clube da empresa neste ano, assim como havia feito quando a Bombril foi cotista máster da equipe, em 1998.
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